Num país em que não é possível fazer aplicar as regras a todos.
Porque alguns grupos, algumas famílias vivem, desde sempre, à margem de qualquer lei, fora das regras, com total sentimento de impunidade.
O problema é muito profundo. É estrutural, muitos grupos, muitas famílias, vivem há muito tempo, talvez desde sempre, à margem da lei. Sem que sintam qualquer incomodo, qualquer dano no seu negócio ilegal, na sua vida marginal.
São muitos, organizados, com ramificações, com hierarquia. Se alguém lhes tentar fazer frente, se sentirem que a lei do país se aproxima, então está tudo estudado. Eis que surge o discurso de vítimas da sociedade, logo depois o da xenofobia, de imediato o da fuga e negação, da obstrução, senão usam a intimidação, a ameaça, a injúria, a vozearia, o total desrespeito por quem tentar fazer cumprir a lei.
No final ganham sempre, porque nada lhes acontece, e eles sabem disso, a lei perdoa-lhes sempre porque são "coisas menores" o desrespeito à lei, viver à margem das regras, viver como parasitas, viver importunando diariamente os outros, intimidando a sociedade e os agentes de autoridade "não é grave".
Por fim, acabam por ser apaparicados, elogiados, postos em relevo nos "abraços fraternos" com "selfies de circunstância" elogiados por serem marginais e parasitas.
E isso não vai mudar, nunca, porque os marginais não querem. Não muda porque o sistema permite a impunidade, porque não há qualquer consequência para os infractores, e eles sabem, e é ainda pior, porque os grupos marginais gozam com isso, riem-se disso. Os grupos marginais intimidam impunemente, tudo e todos, até os agentes e funcionários do estado e das autarquias. Porque o sistema acaba sempre por os compensar, com apoios milionários à tentativa vã de integração, que fingem aceitar, que fingem querer. Mas, não aceitam nem querem. Vivem disso e para isso, vivem da marginalidade e rejubilam em ludibriar o sistema, contornar as leis e desrespeitar todas as regras.
Estão distribuídos em rede por todo o país, apoiam-se e protegem-se contra as leis e regras do país que sugam , que parasitam, que infernizam. É só estar um pouco atento, em todas as vilas, em todas as cidades, em todos os centros comerciais, em todos os supermercados, em todas as lojas. A segurança é a primeira e principal preocupação de qualquer empresário, de qualquer comerciante. Muitos, talvez a maioria, dos furtos, das ameaças, dos danos, das intimidações, não são participados. Porque quando são denunciados, nada acontece aos marginais, nada acontece aos prevaricadores. E uns e outros sabem disso. E depois é pior, a intimidação, a ameaça sistemática, é o "vou-te afogar (...) o gato", vou-te matar (,,,) o gato " e riem, e gozam. E voltam a fazer o mesmo ou pior.
Já É Tempo.
***
Um país em que o legislador faz leis, mas se os políticos responsáveis não tiverem coragem de as fazer cumprir, então é o total sentimento de impunidade.
Pior é se os mais altos responsáveis do país tirarem o tapete às autoridades que tentam fazer cumprir as leis.
Se o legislador achar que uma lei não é para cumprir, muito fácil altera a lei ou revoga.
Ninguém deve estar acima da Lei.
***
Um país onde a ilegalidade compensa.
Quando não há consequências.
Quando se espera perdão pelas infrações.
Quando se apela à compaixão.
Pode ser que tenham um retorno, um prêmio, uma casa que muitos milhares passam toda a vida a pagar.
Então é um sinal para todos os aspirantes à ilegalidade, à marginalidade.
Porque no final cometer ilegalidades não representa grande risco, até pode compensar e muito.
É o total sentimento de impunidade.
***
Há grupos, há famílias inteiras a explorar o el dourado do sentimentos de compaixão e humanidade. Sabem que assim podem viver à margem da lei, podem infringir todo o tipo de regras.
Se forem apanhados, esconder-se atrás dos idosos, das crianças, da alegada miséria. Mas muitos ostentam carros de alta gama, nem sempre roubados, telemóveis de topo, ocupam propriedade alheia, furtam, burlam, intimidam comerciantes, intimidam professores, intimidam agentes de autoridade, intimidam os funcionários das Autarquias, intimidam os funcionários públicos, intimidam o pessoal da área de saúde.
Enfim, correm pouco risco de serem apanhados, porque na maioria das vezes ninguém ousar denunciar, por medo das retaliações, que se fazem sentir de imediato, sem pejo nem vergonha, com ostentação e vozearia. Todos têm que ficar cientes que não lhes podem, nem devem fazer frente.
Mas, no final, se tiverem o azar de serem apanhados, uma em cada dez ou mais infrações, ainda resta o último trunfo, de se fazerem vítimas da sociedade, são perseguidos, são uns coitados, desgraçados, assim grangeiam um coro de apoiantes da tal sociedade que parasitam, os mais altos responsáveis políticos e das classes dirigentes, ouvem os "humanistas" e clamam por perdão e até, por vezes com palavras de empatia e incentivo aos marginais profissionais, aos parasitas profissionais.
Solução?
Não havendo, vai continuar tudo na mesma, transforma-se um país no paraíso dos que vivem à margem da lei e gabam-se disso.
Quem disser algo, é catalogado de imediato de adjetivos de extremista e de falta de humanidade.
***