Políticos portugueses abandonam e esquecem quem ficou para trás.
Aldeias do interior são tratadas com desprezo e sobranceria pelos eleitos.
... para a maioria dos políticos a máxima de "Não Fica Ninguém Para Trás" não se aplica.
Pelo contrário, alguns políticos fazem questão de abandonar e esquecer os que vão ficando para trás.
Veja-se a aldeia de Beijós, a 20km de Viseu, em 2024 viu o seu perímetro urbano ser reduzido em 53%, pela Câmara Municipal de Carregal do e CCDR-centro. Um vereador responsável teve a sobranceria de dizer-me que estava 100% de acordo com essa redução e acrescentou que para quem quisesse construir uma casa nova tinha muitos lotes em Cabanas de Viriato ou em Carregal do Sal.
Ou seja o Vereador José Batista da Câmara Municipal de Carregal do Sal, condenou ao desaparecimento a aldeia milenar de Beijós.
Com essa alteração do perímetro urbano de Beijós no PDM, a Câmara Municipal de Carregal do Sal e o CCDR-centro, confinam as pessoas que querem continuar a morar na aldeia de Beijós, num aglomerado centenário com ruelas apertadas, sinuosas íngremes e sem estacionamento nem acessibilidade, nem mobilidade facilitada. Para os que governam a Câmara Municipal de Carregal do Sal as pessoas que teimam em viver ou que queiram regressar às raízes não podem aspirar a ter uma casa com condições modernas de habitabilidade, isolamento térmico e acessibilidade.
Quanto será que o orçamento do município, reserva para a freguesia de Beijós? Devia ser 10% do orçamento, 5% já seria razoável, mas parece que é menos de 2%.
E nos últimos 10 anos, quanto do orçamento foi gasto ou investido na freguesia de Beijós?
Os responsáveis do distrito e do Estado sabem que em Beijós 20% das pessoas ainda não têm saneamento básico? Ou não querem saber!
Em 2017 grande parte da freguesia de Beijós ardeu, nem um bombeiro apareceu para ajudar as pessoas, maioria idosos.
E passados 8 anos, o que foi feito? Nada.
Será que as pessoas de sentem mais protegidas em caso de grande incêndio? Claro que não.
Os governantes responsáveis abandonaram e esqueceram as aldeias do interior, em desertificação e desprezados.
Já É Tempo
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